A campanha do
presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula
da Silva (PT), cogita três nomes para o posto de coordenador da
equipe que fará a transição de governo com o presidente Jair Bolsonaro (PL): o
vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), o senador eleito e ex-governador
do Piauí, Wellington Dias (PT-PI), e o candidato derrotado para o Governo de
São Paulo Fernando Haddad (PT).
Em comum, os três
já responderam a processos na Justiça pelo envolvimento em polêmicas. Em
2020, Alckmin foi denunciado
pelo Ministério Público Eleitoral e virou réu por
corrupção, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral por suposto
caixa 2 de R$ 11,9 milhões pagos pela Odebrecht nas campanhas de 2010 e 2014,
anos em que ele disputou o Governo de São Paulo e foi eleito.
O primeiro
repasse, em 2010, teria sido efetuado por intermédio do escritório de Adhemar
Ribeiro, cunhado de Alckmin. Os pagamentos constam nas planilhas do
Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht, responsável pela
contabilidade das propinas.
Em 2014, o
esquema teria contado com a participação do então tesoureiro de campanha Marcos
Monteiro, que teria atuado ao lado da Odebrecht na autorização, planejamento e
execução dos pagamentos da propina. De acordo com a denúncia, os repasses foram
feitos em 11 parcelas, totalizando R$ 9,3 milhões. O processo ainda está em
aberto. Em março deste ano, a Justiça
Eleitoral ratificou a denúncia.