Como
é comum para o sertanejo, o mês de maio é conhecido como o mês das cobras
(cultura popular), entretanto esse fato se confirmou, pois, a equipe da
Patrulha foi acionada por diversas vezes para intervir em casos envolvendo
cobras e outros animais silvestres na região.
Um
dos chamados foi para resgatar uma cobra coral, e quando chegamos ao local
identificamos (após contato com biólogos) como Coral Verdadeira (Micrurus
lemniscatus),
A
cobra coral é a mais venenosa do Brasil. É da mesma família das Najas e Mambas
(Elapidae), e possui um veneno neurotóxico muito potente. A cobra coral é de
difícil identificação e se classifica como ‘verdadeira’ e ‘falsa’. Não é
simples diferenciar a espécie verdadeira da falsa. A maneira mais segura é
através da dentição.
Somente
uma pessoa experiente consegue diferenciar as duas espécies simplesmente
olhando. Mesmo assim, algumas podem apresentar anomalias e nascer completamente
vermelha, ou até mesmo albina (branco) ou melânico (preto). É venenosa.
Alimenta-se
de outras cobras (menos a Cascavel), e peixes. Reprodução Ovípara coloca entre
16 e 20 ovos com o nascimento previsto para início da estação chuvosa.
A
soltura da cobra coral foi realizada pelo patrulheiro Marquel Jacob e o ambientalista
Ricardo do Casebre, como é conhecido.
Na
mesma semana fomos chamados para resgatar uma cobra corredeira ou corre-campo
(Philodryas nattereri), é uma das mais comuns na Caatinga brasileira e em
outras regiões semiáridas. Se você já andou pelo sertão e viu uma cobra
amarronzada ou cinzenta veloz atravessando a estrada durante o dia, é bem
provável que tenha sido uma corredeira.
Por
muitos anos esta espécie foi considerada como de hábito terrícola, mas
evidências recentes mostram que também são capazes de utilizar ambientes
arbóreos com muita eficiência. É uma espécie de hábito diurno, caçando variados
tipos de presas como pássaros, mamíferos, lagartos, anfíbios, ovos de lagartos
e até outras serpentes! Ao anoitecer elas se recolhem para repousar.
Esta
espécie pode ser encontrada ao longo de todo o ano e sua temporada reprodutiva
é praticamente contínua com as fêmeas depositando de 4 a 21 ovos por ninhada.
Já
essa soltura da Cobra Corredeira foi realizada pelo patrulheiro Marquel Jacob
com a colaboração do aprendiz da Patrulha Ambiental Willian Oliveira, jovem que
passa por um curso básico de monitoramento de fauna e educação ambiental.
Aconteceram
outros chamados para realização de resgate e orientação ambiental nesse
período.
A
Patrulha Ambiental orienta que em casos de avistamento de animais silvestres,
procure entrar em contato com alguma instituição que esteja apta a realizar o
resgate com segurança.
Parte
da equipe da Patrulha Ambiental já participou do treinamento no Centro de
Triagem de Animais Silvestres (CETAS Tangara – CPRH – Recife -PE) onde foram
ensinadas técnicas de manejo e contenção de animais silvestres, trazendo assim,
uma maior segurança no momento da ação.
Via
Roberto Gonçalves