Seu nome oficial é GBU-43/B Massive Ordnance Air Blast, mas é mais fácil
lembrar da sigla em inglês, MOAB, que também inspira seu apelido famoso:
"Mother of all Bombs", ou seja, "a mãe de todas as bombas".
Ela faz parte do arsenal dos Estados Unidos e seu poder explosivo só
perde para uma bomba nuclear, como as usadas no Japão durante a Segunda Guerra
Mundial.
Nesta quinta-feira (13), uma MOAB foi lançada pelos militares dos EUA em uma
operação de combate ao grupo autodenominado Estado islâmico (EI) no
Afeganistão, informou o secretário de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer.
O ataque ocorreu às 19h32 (horário local) - o alvo era um "sistema
de túneis e cavernas" que os EUA dizem ser usados pelos extremistas em
Nangarhar, no leste do Afeganistão.
"Os Estados Unidos estão numa séria luta contra o Estado Islâmico.
Para derrotar o grupo, devemos negar-lhes espaço operacional - foi o que
fizemos", disse Spicer diante de jornalistas na Casa Branca.
Poderosa
A MOAB é uma bomba de 9,8 toneladas, o que é equivalente à potência de
11 toneladas de TNT e a torna a arma mais poderosa depois das bombas de reação
nuclear.
No entanto, está muito longe de causar o tipo de destruição provocado
por bombas atômicas como a que os Estados Unidos jogaram na cidade japonesa de
Hiroshima em 1945.
Ela foi testada pela primeira vez em 2003, na Flórida, enquanto os EUA
realizavam operações no Iraque e no Afeganistão em decorrência dos ataques de
11 de setembro de 2001.
Até então, ela nunca tinha sido usada em combate, explica o repórter de
defesa da BBC, Jonathan Marcus.
"É uma arma enorme, guiada por GPS. O seu efeito principal é uma
enorme explosão numa área imensa", diz.
A bomba tem um comprimento de nove metros e geralmente é carregada por
um avião Hércules MC-130, que a libera com a ajuda de um paraquedas. O GPS
serve de guia até o alvo.
A arma foi desenvolvida por Albert L. Weimorts Jr., do Laboratório de
Pesquisa da Força Aérea dos EUA, e é "uma versão maior das armas usadas
durante a Guerra do Vietnã", afirma Marcus.
'A munição adequada'
"Estamos muito orgulhosos dos nossos militares. Foi um evento de
sucesso", disse, em um breve comunicado, o presidente dos EUA, Donald
Trump.
Nas primeiras horas após o lançamento da MOAB no leste do Afeganistão,
ainda não se sabia se ela tinha causado mortes ou e qual era nível de destruição
no terreno.
"As forças americanas tomaram todas as precauções para evitar
baixas civis com este ataque", informou um comunicado do Comando de
Operações dos EUA no Afeganistão.
O ataque foi realizado na mesma região onde um soldado americano morreu
na semana passada.
O general John Nicholson, comandante das forças americanas no país,
disse que as baixas do Estado Islâmico têm aumentado, levando os jihadistas a
aumentarem o uso de explosivos caseiros, bunkers e túneis.
"Esta é a munição adequada para reduzir esses obstáculos e manter a
dinâmica da nossa ofensiva", concluiu Nicholson.G1