O Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) está desenvolvendo,
através de um convênio de Cooperação Internacional com a Texas A&M
University, um programa de computador para monitorar a água e o solo do Estado.
Batizado de Super (Sistema de Unidade Hidrológica de Pernambuco), a ferramenta
será uma versão adaptada a já existente no Texas e lá chamada de Humus.
Com estimativa para ser implantada no estado em 2016, a ferramenta
permitirá a captação, via radar, de informações sobre clima, vegetação, solo e
disponibilidade hídrica. Com esse banco de dados disponível na internet, as
informações poderão ser cruzadas para otimizar recursos, prevenir
catástrofes e ter o aproveitamento integral da água e do solo.
“Dessa forma, será possível identificar, antecipadamente, o
acontecimento de secas e planejar as medidas adequadas de convivência”, explica
o extensionista do IPA, Josimar Gurgel, que concluiu o doutorado na Texas
A&M, na área de Geografia, sendo a linha de pesquisa direcionada à produção
sedimentares em diferentes áreas da Bacia do São Francisco. Gurgel
destaca, ainda, que a ferramenta irá auxiliar no aperfeiçoamento das políticas
públicas executadas pelo Governo do Estado, de acordo com as prioridades de
cada região.
Para desenvolver a ferramenta, os pesquisadores da Texas
A&M University, Allan Jones, Raghavan Srinivasan e Sorin
Popescu, estiveram no Estado e foram recebidos pelo secretário de
Agricultura e Reforma Agrária, Nilton Mota, e pelo presidente do IPA, Gabriel
Maciel. Os estudiosos aproveitaram para apresentar o programa às entidades
parceiras do projeto: Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), Instituto
de Tecnologia de Pernambuco (ITEP), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE),
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Todas elas contribuirão com a elaboração do
banco de dados do Super.
No Texas, a ferramenta foi implantada em parceria com o Ministério
da Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O estado americano possui características
climáticas semelhantes ao pernambucano, tanto em relação ao Sertão como a Zona
da Mata. De acordo com o presidente da Apac, Marcelo Asfora, tanto o IPA
como a Agência, e principalmente a sociedade, necessitam de ferramentas para
avaliação climática e hidrográfica. “Esse monitoramento apontará o impacto nas
atividades produtivas, e podem gerar alternativas para que possamos lhe dar com
o desafio que é produzir, prever e gerenciar medidas de aproveitamento
tanto dos recursos hídricos, como da produção agrícola”, afirmou Asfora.
Na reunião de apresentação da Apac, também estiveram presentes os
pesquisadores Raghavan Srinivasan e Sorin Popescu, da Universidade Texas e
A&M, o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento, Antônio Raimundo, e o gerente
do Departamento de Pesquisa do IPA, Geraldo Majella, além do diretor de
Regulação e Monitoramento, Marcone de Azevedo, do gerente de Monitoramento e
Fiscalização, Clênio Torres, do analista de Recursos Hídricos Marcelo Passos, e
do gerente de Meteorologia e Mudanças Climáticas, Patrice Rolan, todos da Apac.
Fonte: Núcleo de Comunicação do IPA