
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de
Pernambuco (Sintepe), Fernando Melo, alegou que o acordo tem que contemplar
todos os educadores, sem deixar de lado os de nível superior, por exemplo. Ele
acrescentou que a estruturação do Plano de Carreiras e Cargos determina que o
reajuste repercuta em toda a classe trabalhadora.
“Chegamos até março sem posição oficial do Governo. Nos
anos anteriores, sempre havia negociações e recebíamos o retroativo a janeiro”,
reclamou Melo, acrescentando que o reajuste só contempla 10% da categoria.
“Educadores que não têm nível superior, licenciatura plena, não foram
apreciados com o projeto de lei enviado para a Assembleia Legislativa”,
considerou.
Com o reajuste, o piso salarial profissional do magistério
será de R$ 1.917,78. Atualmente, os docentes de nível médio recebem R$
1.698,09, com jornada laboral mensal de 200 horas/aula.
O estado de greve não significa paralisação das aulas. No
entanto, caso não haja negociação no próximo dia 23, data da assembleia da
categoria, não está descartada a possibilidade de greve. “Nesta quarta-feira, à
tarde, vamos nos reunir com o Governo para tentar resolver esse impasse.
Esperamos avançar no processo”, ressaltou Melo.
Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Secretaria
de Administração (SAD) afirmou que, a partir do dia 18 de março, o secretário
Milton Coelho receberá representantes do Sintepe para dar início à primeira
rodada de negociação com vistas ao reajuste para 2015.
Da Folha de Pernambuco